Florais na Maternidade

Florais na Maternidade

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O prefixo MA é comum às palavras Matrix (útero), Mãe e Mater (matéria) que é a nossa mãe Terra. Cada uma destas mães, desde a mãe-Cósmica até a mãe-Terra, vão nos acolhendo e nos  preparando para “nascer” para a próxima mãe, num ciclo infinito de encarnações. E para que  possamos vivenciar melhor estas etapas do ciclo de nascimento e morte, precisamos vivenciar bem a encarnação. O processo de encarnação no planeta, sob o ponto de vista do ser  individualizado, independente, que se sente à vontade para caminhar sobre a Terra, nutrido e  responsável por seus atos, o ser que queremos encontrar pelo caminho, que cuide de si e de seu  ambiente, este ser só pode acontecer, se as etapas e as passagens entre as etapas forem  suficientemente boas. Quanto mais consciente cada uma destas passagens, mais a passagem  para a mãe-Terra pode acontecer e também melhor será o retorno à mãe-Cósmica. 

Procurarei trazer um olhar reflexivo sobre cada uma dessas passagens iniciais. Como, em termos  de tempo, são etapas relativamente rápidas (em comparação com as posteriores) estas guardam  as chaves das soluções para a maior parte dos problemas “insolúveis” encontrados  posteriormente. Esta é a primeira grande fase de acordo com a “Ciência do Início da Vida”*. 

Nomenclatura dos Sistemas Florais: 

  • Filhas de Gaia (FG)
  • Florais do Deserto
  • Florais Arco Iris 
  • Florais de Saint Germain 
  • Florais Solaris
  • Florais de Bach
  • Florais Angels
  • Florais de Agnes
  • Flower Essence Society (FES) 

A primeira e talvez a mais importante passagem é a concepção, quando o espírito vindo do  Cosmos inicia seu contato com a matéria-corpo, vinda da Terra. Os textos sagrados de várias  religiões, como os Vedas do hinduismo, o Livro Tibetano dos Mortos, a Bíblia, trazem alusão a  este momento como de suma importância para todo o processo encarnatório. Portanto  deveríamos estar mais bem informados e preparados para ele, antes que aconteça. 

Mãe-Cósmica —-concepção—-> Matrix (útero) —-parto—-> Maternagem —-independência—-> Mãe Terra —-morte—-> Mãe Cósmica 

Concepção  

Nesta fase estamos na Terra e o espírito está ainda no Cosmos, portanto é preciso começar o  trabalho aqui, preparando-lhe o terreno, como quem prepara a terra antes da semeadura. É  preciso clarear e limpar um pouco nossas próprias questões, pois a fase antes da concepção é  quando atraímos o espírito do ser que vai entrar em nossas vidas. 

Às vezes, aparentemente está tudo bem, mas se colocarmos a mão um pouquinho mais fundo na  consciência veremos o lodo e a sujeira acumulada debaixo do tapete. 

• Consciência de que há questões a serem trabalhadas: Agrimony (Bach), Raposa (Filhas de  Gaia) 

• Limpando padrões negativos anteriores: 

com relação à maternidade e à própria ancestralidade: Primavera (Filhas de Gaia), Honeysuckle  (Bach), Madressilva (Saint Germain), Ancestral Patterns (Deserto) 

com relação à própria gestação / parto: Star of Bethlehem (Bach), Renascer (Ararêtama), Evening  Primerose e Echinacea (FES), SOS Angels (Angels)• Mãe -Auto-aceitação, conexão com a grande-mãe: Paineira (Filhas de Gaia), Castanheira (Amazônia), Quince (FES), Rosa-rosa (Agnes  / St.Germain) 

• Pai – Responsabilidade, acordar o pai interno: Elm (Bach), Inner Father (Deserto), Saguaro  e Sunflower (FES), Unicornio (FG). A participação do pai é importantíssima, pois ele é  quem “pesca” o espírito do ser que irá encarnar (ex do congresso: pai com a luz lilás vindo  pelo topo da cabeça) 

• Relação do casal: Lantana (Minas), Bush Gardenia e Wedding Bush (Australia). Que o  bebê não seja uma tentativa de acertar o casal, pq isso resulta em verdadeiros desastres 

• Escolha de conceber, clarear qual a real motivação, se o bebê não vem para tapar um  buraco existencial, uma frustração profissional: Scleranthus, Wild-Oat e Chicory (Bach) 

Consciência  

Tenho ouvido de muitas mulheres que é melhor deixar esta etapa ao sabor do acaso, pois “Deus  escolhe melhor do que eu. E afinal de contas, se eu não conseguir engravidar não vou ficar  frustrada e se engravidar será uma boa surpresa”. Realmente, é uma escolha TÃO importante que  é normal, a princípio, nos sentirmos pouco capazes de participar dela, pois é algo realmente  Divino este momento. Mas se participamos conscientemente de tantos momentos menos  importantes de nossas vidas, como escolha de entrar ou sair de uma faculdade ou de um  emprego, vamos ficar de fora logo neste?? Se pudermos ser co-criadores com Deus, utilizando  nosso livre-arbítrio, que maravilha termos no mundo seres mais conscientes e responsáveis. 

Peça toda a ajuda do Universo, Deus, toda a natureza e espíritos ajudantes. Peça à Terra toda a  inteligência dela em suas miríades de formas. Peça pelo poder dos corpos celestiais que residam  em você para que você possa ser um universo para seu bebê. Peça e continue pedindo pela  presença da mais elevada alma pronta para encarnar. 

Ovular 12 vezes ao ano não significa que automaticamente ele estará pronto para vir logo nestas  primeiras 12. Se o casal escolhe conceber conscientemente claro que a concepção pode demorar,  até mais tempo do que uma concepção “ao acaso”. Por que este espírito cristalino necessita de  condições especiais para vir, um momento planetário ideal. A melhor concepção para seu bebê e  a melhor época para ele nascer pode ser durante um curto período do ano, portanto se não  acontecer naquele ano, talvez só no ano seguinte. 

Amor e sexualidade 

O fato é que, neste momento, há muitos seres de luz se preparando para encarnar, mas eles  precisam de condições especiais. Há outros tantos menos iluminados buscando sua chance no  planetinha que vão aproveitar a primeira oportunidade para virem resgatar seus carmas. Muitas  crianças são concebidas ao final de uma briga, com um ou os dois pais meio “altos”, onde o sexo  atua como reconciliação. A criança já vem com a impossível missão de viver reconciliando os dois,  ao invés de poder espelhar a divindade Pai-Mãe no amor dos pais. E dá-lhe de relacionamentos  difíceis (já viram algum?) entre pai e filho, mãe e filha, abandono, culpas, processos de  paternidade, etc e etc. Para evitar tanto jogo cármico nos relacionamentos, é fundamental  conceber conscientemente e com amor. 

• Sexualidade: Hibiscus (Minas), Sexual Harmony (Deserto), F.Sexualidade (Angels / Solaris).  Lembrando que o floral é feito com água + sol / calor, traz-nos a união da Mãe Terra com o Pai  Sol, essência da sexualidade sagrada. 

Ato sagrado

Que um respeite o outro como ser sagrado e divino. Que haja contato entre os dois, que seja um  momento de verdadeira comunhão e celebração deste amor, um verdadeiro ato sagrado. 

• Contato para concepção: Clematis (Bach), Madia (FES), Sodalita (Solaris) • Prepara para a chegada no novo espírito: Lírio da Paz (Agnes), Angélica (FES) Gravidez  

O momento da gravidez é belo, pois nós mulheres encarnamos o princípio Divino da  Manifestação, nos tornando cúmplices atuantes de Sua tarefa nesse momento sagrado da  chegada de um novo ser de luz ao planeta. Mas nem por isso é um momento fácil. O que ainda  não foi limpo na fase anterior, aqui pode vir à tona, sob a forma de oscilações de humor, enjôos,  etc. O acompanhamento pré-natal convencional não trata de todos os sentimentos, das questões  subjetivas que aparecem nesta época – que pode trazer mais crescimento do que 10 anos de vida  “não-grávida”. Portanto, essa fase é ótima para se fazer um tratamento com florais, que não tem  efeitos colaterais, mas que deve ser feito com muito cuidado, como tudo nesta fase. 

Pode ocorrer uma mistura de sentimentos (mãe + bebê), a mulher revê sua própria gestação  (antigas emoções como de abandono, medo, desamparo, rejeição são freqüentes). O importante é  não negar nem rejeitar nada, porque o bebê sente tudo, principalmente o que se tenta esconder.  Isso ajuda a criança ferida interna a se curar e traz crescimento emocional. Trabalhar o  acolhimento que começa justamente por se acolher e acolher os próprios sentimentos, para  depois ser capaz de acolher o bebê. 

Auto-nutrição: Chamego, Paineira (Filhas de Gaia), Mariposa Lily (FES), Nutrição (Arco-Íris), New  Mother’s Formula (Deserto) 

Imaginação 

Precisamos fornecer à mãe possibilidades dela se transportar um pouco para o universo espiritual  para ajudar o bebê que vem chegando de lá. Sugerir caminhadas relaxantes, observação da  natureza, do milagre da vida presente em cada pequeno ser. Reduzir o ritmo de trabalho externo e  ir buscando um ritmo mais tranqüilo para começar a “entrada na caverna”.O corpinho do bebê  está sendo formado, de que você quer que ele seja feito? Que qualidades você pretende pedir aos  céus para seu bebê? Força, beleza, sabedoria, amor. Não faça cerimônia, pois é bom para os  céus e para a terra que você peça. O bem não vem sem ser chamado, pois ele respeita o nosso  livre-arbítrio. Que tipo de ser você quer que ele seja? (não para satisfazer seu ego, pois o ser  pertencerá ao mundo e é para este mundo que o gestas) 

– Alimentação 

É fundamental se alimentar bem, tanto de comidas físicas quanto de alimento sutil (idéias,  sentimentos e sensações). Evitar filmes violentos, buscar visões e leituras inspiradoras. Seria  ideal que a mãe lesse a biografia de um grande ser, como Gandhi, ou mesmo um iniciado, como  Buda ou Jesus, Isto ajuda a ancorar as melhores qualidades no ser que se desenvolve. 

A pureza da alimentação física é fundamental neste mundo de agrotóxicos. Se possível, ingerir  alimentos orgânicos. Os desejos de gravidez e os enjôos do primeiro trimestre servem de  orientação ao que deve ser ingerido e o que deve ser evitado, não são apenas patologia ou  crendice. (ex: sonho da casca de ovo moída no feijão) 

– Fé e pré-natal

Aqui começam os procedimentos médicos, as rotinas. Em princípio não deveria haver rotina  médica para grávida, pois cada ser é um ser e tem necessidades diferentes. Mesmo assim, o  universo da “nova-vida” é muito interessante e muitos querem participar, porém de formas às  vezes um pouco invasivas. 

Claro que o momento de ouvir o coração do bebê é maravilhoso e pode ajudar tanto a pai, que  não carrega o bebê no ventre, mas também a própria mãe a se dar conta da nova realidade. Mas,  os ultra-sons, já se sabe, não são tão inócuos assim. Nosso ouvido não escuta o som, mas as  células o recebem. Em experiência com animais de laboratório, verificou-se que o excesso de  ultra-som causa câncer. Na rotina médica brasileira atual, existem 4 ultra-sons de rotina (primeiro  mês, para verificar se o ovo se fixou e se não está nas trompas, o de translucência nucal, na 12a  semana, o morfológico, no 4o mês e mais um ou dois perto do parto para ver se está encaixado).  Além desses, às vezes faz-se outro só para saber o sexo do bebê e, agora em 3-D, um para ver a  carinha dele. Pode ser uma maravilha, para atrair um pouco um pai que esteja muito fora do  processo, ou mesmo ajudar a aceitar o sexo do bebê, se este não era o desejo do casal – eles  terão algum tempo para trabalhar a frustração antes do nascimento da criança. Mas tem gente  que faz ultr todo mês. Isso é no mínimo, invasão de privacidade. Se fosse pra gente bisbilhotá-lo  desta forma, a barriga vinha transparente… 

Há também o exame de amniocentese, bem mais invasivo, onde uma agulha é introduzida no  útero para punção do líquido amniótico. Este vem se tornando quase uma rotina, pois é  recomendado para “primíparas senis” cada vez em maior número (este exame, a princípio, ajuda  a checar se o bebê não terá deformidades ou síndrome de Down em virtude da idade avançada  do óvulo). 

Ok, maravilhoso. A tecnologia é mesmo incrível. O problema destes check-ups é que tudo isso  inibe o contato da mãe com o bebê. A percepção sutil do ser por outro ser (mãe, pai e médico)  perde espaço para todos os aparatos científicos e prejudica nossa humanidade. 

O processo de fé na vida e no amor é antagônico ao do medo. Trabalhar a fé desde aqui é cultivar  um parto mais natural e humanizado, com o mínimo de intervenções. O tipo de acompanhamento  com parteiras como vemos em civilizações mais conectadas com a terra e com a vida selvagem /  

natural, se mostra uma opção de cuidado mais humanizado e menos intervencionista. Este  conhecimento milenar é capaz de, com simples toques na barriga e observações sutis, perceber o  que se passa dentro do útero e do coração da mãe. Atualmente já existem excelentes parteiras  nas grandes cidades (consulte um dos sites em anexo). Todos merecem uma chegada no planeta  pela estrada triunfante do amor e da fé. 

Florais: The universe handles the details (Deserto), Angelica (FES), F. Proteção (Angels) 1º Trimestre 

– Formação do corpo 

Nos primeiros 3 meses de gravidez o ADN é montado e as células-tronco iniciam a fabricação do  fígado (que seria como uma usina nuclear do corpo) e do cérebro; neste período ocorre o maior  gasto energético de toda a gravidez. Ao final deste trimestre, temos um corpo completo, com a  estrutura neuronal, os órgãos vitais. Após esta fase, quase que é só engordar. Infelizmente, muitas  mães passam esta época sem sequer saber que estão grávidas, podendo contribuir pouco  conscientemente no preparo do corpinho que abrigará o espírito que vem.Se desde esta época, a  mãe está com atenção, cuidado, praticando yoga, autoconsciência, tomando florais adequados, se  alimentando e imaginando esse novo ser, ele terá todas as chances de trazer o melhor da sua  genealogia. Ao contrário, o que é feito de forma descuidada, traz maior suscetibilidade aos piores  genes. As novas pesquisas demonstram que o stress materno aqui é o que possibilita o  aparecimento de hipertensão, hipercolesterolemia, tendência a acidentes vasculares, diabetes,  osteoporose, obesidade, esquizofrenia, epilepsia no futuro.

– ADN e ambiente 

A ciência fala muito do poder da genética, mas a possibilidade que o novo ser tem de herdar os  melhores genes do pai e da mãe tem a ver com o campo magnético, que é o que organiza o ADN  (importância do ambiente). Neste caso, o campo magnético da mãe e do pai juntos,estruturam o meio. O que a medicina já comprova é que aprimoramos os nossos genes através da consciência.

– Enjoôs 

Os enjoôs fornecem um norte em termos alimentares, mas também podem estar falando de uma  rejeição ao estado de maternidade, caso esta não seja uma referência muito boa para a gestante.  De fato, ela está gerando um filho e ao mesmo tempo, gesta uma nova figura de mãe para si  mesma, que passa obrigatoriamente pela limpeza das referências negativas de maternidade da  sua história familiar. 

Garlic (FES) Chamego (FG), Walnut com Chestnut Bud (para ajudar na mudança de padrão)

– Aborto 

O risco de perda (aborto espontâneo) é bastante comum neste primeiro trimestre, pois a natureza  também faz seus rascunhos. Como, na maior parte das vezes, ainda não houve vínculo com o  bebê, acredita-se que é muito fácil lidar com esta perda (seja ela espontânea ou provocada).  Porém uma perda não reconhecida e não ritualizada, pode se estender por anos a fio e acabar  inclusive com a relação. Fazer pouco contato com a perda / morte é fazer pouco contato com a  vida. É preciso ritualizar para que o próximo habitante do útero não venha a carregar este fardo. 

Risco de aborto: Shooting Star (FES) 

2º Trimestre 

Esse é o trimestre dito como “de ouro” da gravidez, pois os enjôos já passaram e a barriga ainda  não pesa. O bebê “vingou” então agora é permitido fazer contato. 

– Trimestre da Identidade 

Neste período os genitais se diferenciam e ocorre o aparecimento dos centros de ossificação.  Simbólicamente estes dois desenvolvimentos falam do momento de identidade do bebê. (O  trimestre da identidade). Na medida em que osso – especialmente coluna vertebral, dentro da  Antroposofia está ligado ao EU e à diferenciação sexual. Há estudos que mostram o stress  causando alteração nos hormonios da mãe e causando conflitos de identidade sexual na criança 

– Busca por informação e apoio 

A maioria das mulheres só começa a se interessar pelo tema “perinatal” nesta fase. É quando se  sentem disponíveis para ler sobre o assunto e/ou procurar profissionais que trabalhem com  gravidez ou parto. Ocorre aqui uma importante abertura para trabalhar as questões da própria  gestação. São comuns sonhos com o arquétipo da Grande mãe (mar, baleias, répteis) que são um  reflexo de um trabalho profundo do inconsciente em reeditar a maternidade, melhorando-a. 

A luz recebida aqui é muito benéfica, e pode mudar o rumo do final da gestação e o desenrolar do  parto. Mas quem de fato mais se beneficia é filho seguinte, que vai ter uma mãe mais consciente  desde a concepção.

– Abrindo espaços 

Começam a ser perceptíveis os movimentos do bebê e ele vai crescendo, ocupando mais espaço  físico, ao passo que a mãe vai tendo que, ao poucos, ceder este espaço pra ele, num simbolismo  do que precisa acontecer na vida. 

Aceitação das mudanças do próprio corpo: Manzanita (FES), Walnut (Bach) Manacá da Serra (FG  – amor desintressado). 

– Movimentos do bebê e o pai 

A vida do novo ser passa a ser algo menos subjetivo para se tornar bem concreta e o pai pode  participar mais ativamente da gravidez devido à possibilidade de mais interação com o neném. Às vezes ocorrem reposicionamentos na relação, quando, por exemplo, o marido é um pouco filho  da mulher e vai ter que achar um novo espaço emocional pra ele, pois agora ela (e ele) tem um  filho de verdade. 

Para ele Chamêgo e Unicórnio (FG). 

3º Trimestre 

Estamos na reta final e o preparo do “ninho” com a corrida por preparativos, quarto, enxoval,  fraldas, chá de bebê se acirra. Se o ninho da concepção, que é o ninho verdadeiro, foi bem  preparado, este transcorre com certa tranqüilidade, senão, esta busca por organizar tudo, pode  trazer bastante ansiedade, medo e perda de contato com o que se passa por dentro. 

O crescimento proeminente da barriga, ajuda a trazer de volta a atenção com o momento que vem  pela frente, pois o filho que tanto cresce dentro da barriga “vai ter que sair por algum lugar”.  Começa a preocupação com o parto (muitas mães descrevem como um frio na barriga). Também  é comum azia e dificuldades de dormir devido ao tamanho da barriga. 

Dandelion, Lavander, Chamomile (FES). 

– Pulmão: ser ou não ser 

Internamente, a partir da 26ª semana, todos os órgãos estão bem desenvolvidos, mas ainda  incapazes de vida extra-uterina, especialmente pela maturidade do pulmão. Este terceiro e último  trimestre é o do pulmão e sobre ele recaem os grandes eventos, que culminam com o respirar por  si , o “ser ou não ser”, viver ou não viver, parto normal ou cesárea. É onde questões existenciais  ficam agudas, e as primeiras impressões dos pulmões estão ligadas a intensidade de angustia da  mãe neste trimestre. 

Yerba Santa (FES) 

– Coragem 

A palavra coragem significa acreditar tanto no coração que somos capazes de agir com ele. A  coragem aqui começa a ser exercitada, pois estamos prestes a viver uma grande iniciação, que é  o parto (partida, fim de um estado e início de outro). 

Medo do parto: Rock Rose (Bach) preocupação: White Chestnut (Bach) 

– Abertura 

A bacia começa a abrir e os ossos, que pareciam algo tão sólido,começam a se mover, como  placas tectônicas (sonho da Mary). O corpo começa a abrir passagem pra sua majestade, o bebê.

Para ajudar a abrir a bacia, no último mês: Agrimony (Bach) 

Dor: Arnica 

– Entrega 

A entrega é tudo o que precisa acontecer e no fim das contas, a grande saída, literalmente. Nos  entregarmos para a vida, dar passagem a ela e nos rendermos à divina e trasncendente  experiência de dar à luz. 

Insônia: Melissa (Arco-Íris) 

Ansiedade: Impatiens (Bach) 

Parto 

“Para mudar o mundo é preciso mudar a forma de nascer”. Essa frase de Michel Odent nos  lembra o quão revolucionário pode ser o ato de conceber, gestar e parir um ser humano e que  essa é a revolução de que tanto necessitamos no planeta atualmente. Não existe ato mais político  e revolucionário do que trazer ao mundo um ser que já vem banhado de consciência: o ser  humano do futuro. 

A energia de Marte 

Parto, partir, parir, encerrar um ciclo para abrir outro. O planeta Marte, regente do signo de Áries,  nos fala disto. Toda passagem necessita da energia de Marte, que é o guerreiro, que vem para  romper com um estado anterior (que se continuasse nos conduziria à morte / estagnação) para  que outro se inicie. Quanta dificuldade há em se lidar com essa energia. Temos tanto medo dela  que a exilamos. Mas porque temer uma energia tão necessária? Claro, que pode ser destrutiva, e  é para ser, mas isso não é desculpa pra jogarmos Marte embaixo do tapete, temos que nos  reconciliar com ela e aprender a usá-la. Ela está na natureza o tempo todo: um pinto tem que  quebrar o ovo com seu bico para poder nascer, uma planta tem que perfurar a terra para receber a  luz do sol. Quantas vezes temos dificuldade de fazer isto em nossas vidas? 

Um parto é violento sim, tem um jogo brutal de forças, para a mãe, sob a forma de contrações  com enorme peso sobre sua bacia e para o bebê que está lutando para entrar na vida de cabeça.  Mas não adianta fugir desta energia, pois esta vem de qq maneira. Se nos utilizamos dela, tanto  melhor para empoderamento da mãe, que se fortalece como fêmea capaz de cuidar e defender  sua cria, e do bebê que pode acreditar mais em si mesmo, precisando menos de ajuda externa.  Caso contrário. seremos certamente vítimas dela, sob a forma do bisturi cirúrgico (episiotomias e  cesarianas). 

Temos realmente um problema, aqui no Brasil. Para se ter uma idéia, a taxa de cesarianas numa  sociedade equilibrada seria de 2% (que ocorre em comunidades rurais, como p.ex. “The Farm”  nos EUA). No Brasil temos nos hospitais públicos (onde o médico ganha independente do tipo de  parto) uma taxa de 30% e nas maternidades privadas a alarmante de 70%!!!! (Rio de Janeiro),  sendo que a zona sul do Rio chega a 90% – onde a mulher selvagem está demasiadamente  civilizada para dar à luz. 

E é uma bola de neve, pq as raízes da violência da nossa sociedade estão no binômio: gravidez  sob estresse + parto com excesso de intervenções, que no futuro resulta em aumento de 20% da  agressividade nos homens e da auto-destrutividade nas mulheres (e dá-lhe Marte de novo). 

Força dos inícios

Parece bobagem se pensarmos na duração desse momento em comparação com o tempo que  teremos com a criança daí pra frente. Porém, esse é o momento em que tanto a mãe quanto o  bebê estão plenos de hormônio do amor (oxitocina) que favorece a vinculação e desperdiçá-lo é  uma perda não só para esta família, mas para toda a sociedade. Somos mamíferos, alguém  consegue imaginar separar um bebê leão de sua mãe, neste importante período de namoro? Pois  o bebê como De Gasper demonstrou nos anos 80 conhece a voz, o cheiro, os sons do corpo da  mãe, ficou pelo menos 6 meses (quando já tem percepção e memória) esperando para ver o  rosto, olhar fundo nos olhos, este é um momento mágico. “A primeira impressão é sempre a que  fica”. 

Curiosamente esta expressão existe em todas as línguas. Pois o vínculo é maior neste momento  quando as ondas cerebrais são diferentes, a composição do sangue é diferente, e raramente na  vida de novo isto acontece. Dura cerca de 2 horas (o tempo em que rotineiramente coloca-se o  bebê na encubadora, “just in case”). 

O parto deixa uma impressão tão duradoura, que aparece, mesmo depois de adulto, quando o  indivíduo está sob stress. Tudo que acontece ali deixa marcas. Já se sabe que o uso de  anestésicos, mesmo no parto normal nos traz um aumento da possibilidade de uso de drogas na  vida adulta (o consumo de drogas sintetizadas aumentou consideravelmente na década de 70,  quando da primeira geração a nascer com a ajuda de anestésicos – nos anos 50 – chegou à  juventude). 

• Entrega: Rock Rose (Bach), Barnacle (Pacífico) 

• Dar conta de todo o processo: Elm (Bach) 

• Cansaço: Olive (Bach) 

• Equipe de parto (borrifar no local): Birthing Harmony (Deserto) e F.Ecológica (Minas)Dor e  êxtase 

Ocitocina e Adrenalina são dois hormônios, de certa forma antagônicos. O primeiro é liberado  quando estamos sentindo desejo, enamoramento, em momentos de paixão ou de intimidade. É  ele que desencadeia o processo de parto. Nos hospitais, usa-se injetar ocitocina quando a mulher  não está tendo contrações (o que acaba trazendo a necessidade de anestesia, pois as contrações  ocorrem sem espaçamento). O segundo, adrenalina, é o hormônio da resposta rápida, do lutar ou  fugir e é liberado em situações de invasão e ameaça externa. 

Ou seja, para que um parto ocorra mais rápido e seja mais fácil é necessário criar um ambiente  intimista, que favoreça a liberação de ocitocina e endorfinas (que reduzem a dor) e evitar ao  máximo as invasões de privacidade, que liberam adrenalina e atrasam todo o processo. 

Se a mãe toma anestesia, ela se livra da dor, mas também do êxtase de estar plenamente  presente e consciente, com todas as suas células, da maravilha do nascimento. 

Portal 

Creio que em poucos momentos da vida podemos estar em contato tão pleno com nossa natureza  mais pura e selvagem do que no momento do parto. É comum o relato de orgasmo, pois é o  ápice, o ponto culminante da relação sexual que ocorreu 9 meses antes. É para ser um momento  mágico, divino, uma grande passagem, uma verdadeira pós-graduação do feminino. Ou pode ser  frustrante, principalmente se a mulher se deixar roubar esta grande chance que a vida lhe dá de  vivenciar tão plenamente o amor. 

Primeiros cuidados e vínculo

É muito importante a mãe se informar das rotinas com o recém nascido antes do parto. Nos  hospitais, a rotina é aspiração nasal e bucal, com sondas nasogástricas extremamente  desconfortáveis para o bebê que está respirando bem. O corte do cordão deve ser feito com  calma, apenas após este parar de pulsar, respeitando a possibilidade do bebê ir se acostumando  a utilizar o seu pulmãozinho virgem. A injeção de vitamina K é recomendada apenas nos casos de  hemorragia e o colírio (nitrato de prata / antibiotico) apenas se a mãe tem doença venérea. 

Não precisa haver ansiedade em remover a vernix, que deixa a pele tão macia e cheirasa. O  banho pode esperar. O fundamental nesta primeira hora após nascido é o olho no olho, que  possibilita o enamoramento que vai durar a vida toda. 

A separação nas primeiras horas de nascido (berçários, incubadoras, banhos demorados longe da  mãe) deixa um rastro de dificuldades em estabelecer vínculos, isolamento social e também  hábitos consumistas, pois o bebê se vincula com objetos e não com pessoas. 

Amamentação 

Felizmente a amamentação nós conseguimos, de certa forma, resgatar. Já vivíamos uma situação  aqui no Brasil das mães saírem da maternidade com uma lata de leite Ninho debaixo do braço pra  ajudar as ações da Nestlè a subir e nossas crianças a adoecer. Agora, na medida em que os seios  siliconados aguentam, vamos seguindo mais conscientes da importância deste ato de amamentar.  O leite é a cola que une a humanidade, um ser amamentado recebe melhor o amor e é mais capaz de doar-se. 

Além disso, semelhante ao que ocorre no primeiro trimestre, durante a amamentação também há  possibilidade de alteração do código genético. Uma amamentação adequada, com atenção e  consciência pode ajudar a reprogramar o código genético da criança, ajudando-a a selecionar os  melhores genes de seu ADN. 

Nessa fase muitas mães vivem um período depressivo, devido à brusca queda hormonal que  ocorre em seu organismo e também à conexão com a vulnerabilidade do bebê que as lembra da  própria fragilidade. 

Depressão Pós Parto: Bálsamo (Filhas de Gaia), Gorse e Gentian (Bach) 

Amamentação: Mãe Loba (FG) e Mariposa Lily (FES) 

Saudades da barriga: Honeysuckle (Bach) 

Amor Incondicional 

Dizem que o amor mais incondicional que existe é o da mãe pelo filho, mas de fato, o maior e  mais incondicional amor de todos é o de um filho pela mãe. Um amor que ainda não sofreu  nenhuma decepção, um amor puro e sem julgamento. O bebê aguarda, silenciosamente e com  confiança, que façamos dele a melhor obra de nossas vidas! 

“Não amei ninguém em minha vida como minha mãe, tão sem reservas e apaixonadamente;  ninguém mais venerei e admirei, era para mim o sol e a lua.” Herman Hesse 

Presença plena 

Encarnação e bem estar geral do bebê: Baby Roses e Harmonização Infantil (Arco-Íris),  Aconchego (Filhas de Gaia), Buquê de Lactentes (Minas) 

Prematuros / situações de risco: Vôo da Águia (Filhas de Gaia) 

Limpar o stress do parto: Star of Bethlehem (Bach) 

Cólicas do recém nascido: Chamomille (FES)

Proteção: Angélica e Yarrow (FES) 

Medos: Mimulus (Bach), Gutagnello (Minas) 

Ciúmes (para o irmão mais velho): Convivência (Arco-Íris), Coração de Ouro (FG) O bebê nos convida a uma presença perfeita. Ele está ali, acabando de chegar do céu e nos traz  este presente: a possibilidade de nos reconectarmos com o Divino através dos seus olhos.  Quando contratamos alguém, a tal enfermeira, para cuidar dele por nós, perdemos essa chance,  de vivermos plenamente nesse céu que ele nos oferece. E de calar aquela voz ferida pela  inferioridade que diz “você não vai saber cuidar do seu bebê, deixe para um especialista”. 

Importante cuidar do bebê respeitando o ser que ele é, explicando o que está sendo feito com ele,  não como se o bebê fosse um objeto sobre o qual temos que desempenhar funções e atividades.  Por exemplo, quando for vestir-lhe uma camiseta, mostrar antes para ele a camiseta e aguardar  que ele “responda” com um gesto de cooperação. Tratar o bebê com respeito, olhando nos olhos  dele e estando com ele de verdade, não enxergá-lo como uma lista de tarefas a serem cumpridas.  Convide-o a cooperar e em pouco tempo ele responderá positivamente aos cuidados, dando bem  menos traballho e demandando menos atenção, pois a atenção que lhe vai sendo dada é de  qualidade. Assim ele crescerá sabendo que sua opinião é respeitada e que ele deve tomar parte  em tudo que lhe acontece. 

De fato, temos pouca ou nenhuma educação a este respeito. Aprendemos muito sobre tantas  coisas menos importantes, mas quase nada disso nos é ensinado formalmente. Esta tem sido a  minha bandeira nos últimos sete anos, desde que tive minha primeira filha, e mais ainda depois  que tive meu segundo filho num parto domiciliar maravilhoso que desejo a todas as futuras  mamães. 

*termo criado por Elanor Luzes, médica e terapeuta junguiana, doutora em psicologia com tese de  mesmo nome 

Carla Machado é terapeuta reichiana, astróloga e trabalha com florais desde 1996. Em 1998,  quando engravidou da primeira filha, que nasceu numa casa de parto, começou a estudar e atuar  como voluntária na conscientização do processo de maternidade. De lá para cá participou de  vários congressos no Brasil e no exterior ligados ao tema e teve seu 2o filho em casa, com uma  parteira, e utilizando essências florais